Sou o fantasma de um rei Que sem cessar percorre As salas de um palácio abandonado... Minha história não sei... Longe em mim, fumo de eu pensá-la, morre A ideia de que tive algum passado... Eu não sei o que sou. Não sei se sou o sonho Que alguém do outro mundo esteja tendo... Creio talvez que estou Sendo um perfil casual de rei tristonho Numa história que um deus está relendo... Fernando Pessoa
25 de dezembro de 2011
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